No centro da mesa, um pote cheio de lápis coloridos, maravilhosos.
Ao redor da mesa, 6 adultos brincavam de colorir, de criar ou apenas curtir tudo isso.
Heca, dona da casa, com seus versos brotando enlouquecidos, escrevia uma nova letra para uma música de Chico Buarque que mereceu um dos prêmios da "XXVIII Barrifórnia da Canção Familiar Barro-pretense".
Paula estudava concentrada em seus livros de Medicina, com lápis a colorir suas informações em destaque.
Dois desenhos foram coletivos. Maria e eu alternamos os riscos, viagens, papéis e cores para criar sem temer interromper a idéia uma da outra. Não podíamos ter medo nem pena de estragar o que já estava feito. Cada traço era uma novidade e dava asas a novas histórias que nunca terminavam, não fosse por nossas barrigas que exigiram o encerramento da atividade para satisfazê-las.
Foi uma experiência supernova pra mim. Nunca tinha brincado de desenhar. Pra não dizer nunca, acho que devo ter feito isso no Jardim de Infância.
Márcia dizia não saber desenhar e fez um desenho supercolorido e bonito. Saiu de fininho, deixou a arte ali e nem disse nada.
Joana era a mais familiarizada... com desenvoltura começou a traçar linhas que se tornaram suaves ondas que foram preenchidas com um colorido intenso. De cada cantinho arredondado surgiam flores, folhas, borboleta e, no meio de toda beleza, uma menina sentada que vivia tudo aquilo com todos os seus sentidos.
Joana era a mais familiarizada... com desenvoltura começou a traçar linhas que se tornaram suaves ondas que foram preenchidas com um colorido intenso. De cada cantinho arredondado surgiam flores, folhas, borboleta e, no meio de toda beleza, uma menina sentada que vivia tudo aquilo com todos os seus sentidos.
Esta menina surgiu para fazer parte da minha vida. Ela me acompanhará em minha casa, todos os dias.